Hoje ouvi uma matéria interessante na Band News FM do Rio. Basicamente, a matéria comentava que a escola atual ainda é a mesma escola de 50 anos atrás, ou seja, o professor na frente, uma lousa (em Sampa se chama lousa o que chamamos no Rio de quadro negro, mesmo que ele seja branco) e os alunos sentados escutando. E dá-lhe matéria, e dá-lhe decoreba. Uma fórmula antiquada e ineficaz. O velho conceito do professor “cuspindo” informações e os alunos anotando, para
depois serem cobrados numa prova individual, onde a decoreba muitas vezes é mais importante que a capacidade interpretativa e analítica. Enfim, a matéria me fez pensar o quanto que a educação prescrita nas escolas está distante da realidade atual da sociedade e da tecnologia.
Em um pulo de raciocínio, saí da educação e fui para a comunicação corporativa. E, nesse pulo, eu caí da cadeira. A história acima casa direitinho com o que ainda fazemos nas empresas. A maioria das empresas ainda usam ferramentas de comunicação unidirecionais, com nenhuma ou limitada capacidade de compartilhamento de informação e conhecimento. A empresa ainda puxa para si quase toda a responsabilidade de comunicar e desenvolver. É ou não é um caso parecido com a história do professor, lousa e alunos sentados escutando? Fiquei imaginando todos os empregados de uma empresa, sentados, esperando a empresa escrever na lousa o que deve ser difundido e recebido pelos funcionários. Incrível, mas existem muitos pontos similares.
Vivemos a era da colaboração e opinião. As sociedades mais desenvolvidas são aquelas abertas, onde a democracia do conhecimento e da informação é o pilar mestre dessas mesmas sociedades. Acho que todos concordamos com isso, né? Então porque não aplicamos isso de forma mais contundente nas escolas e nas empresas? Bem, chegaremos lá, com certeza. Quem sair na frente, com certeza, vai colher seus frutos primeiro.