Pegando carona no último post, eu fiz um pequeno exercício invertido, ou seja, pensei no que os trabalhadores procuram nas empresas. Isso é resultado de tudo que ouço, leio e recebo como feedback de amigos e colegas de trabalho.
Qual é o perfil de empresa que os trabalhadores estão buscando?
Os trabalhadores desejam trabalhar numa empresa de fortes princípios éticos, que tenha valores dignos, que valorize e respeite o ser humano, que acredite que a evolução da empresa é diretamente dependente da evolução de seus empregados, que busque resultados possíveis e não metas delirantes, que entenda que os recursos são finitos, que incentive a colaboração e a transparência, que reconheça que cada trabalhador colabora para o resultado da empresa, que construa e mantenha bons relacionamentos com seus empregados, que seja centrada em confiança e credibilidade, que incentive a criatividade e crie mecanismos para isso, que exija dos colaboradores uma produtividade decente e não uma produtividade indecente, que saiba expressar com clareza o que espera de cada um, que seja uma empresa empreendedora, que saiba trabalhar com prioridades e não pedir tudo ao mesmo tempo, que seus líderes sejam transparentes e inspiradores, que sejam acessíveis e gerem orgulho nos liderados, que a empresa explique obsessivamente a estratégia para os seus empregados através de uma comunicação interna eficaz, que promova a integração e o trabalho em equipe, que seja uma empresa-exemplo para outras companhias, que mantenha um ambiente de trabalho saudável e bem humorado, que tenha plano de carreira estruturado e possibilidade de participação em projetos internacionais, que pague um salário digno, que saiba premiar e reconhecer os funcionários que mais contribuem, de preferência que tenha uma remuneração variável de acordo com a performance individual e os resultados da empresa, que tenha planos de aposentadoria para todos os níveis, que ofereça oportunidades contínuas de desenvolvimento de habilidades e competências profissionais, que ofereça bolsas de estudo, que tenha práticas eficientes de recrutamento interno e job rotation, que incentive o compartilhamento de conhecimento, que tenha política de portas abertas, que o processo de comunicação seja descentralizado permitindo que cada um contribua à sua maneira, que promova o empowerment de todos os níveis da empresa, que ofereça estabilidade de emprego a quem merece, que só contrate quem realmente quer trabalhar, que tenha um excelente pacote de benefícios para toda a família do trabalhador, que tenha horário flexível, que permita e incentive o home-office, que estimule o exercício de outras atividades profissionais, que promova a integração entre as diferentes gerações de trabalhadores, que apresente desafios constantes para os seus colaboradores, que invista na qualidade de vida de seus profissionais, promovendo o equilíbrio da vida profissional com a vida pessoal, contemplando seu bem-estar profissional, físico, social, material e espiritual. Que em períodos de dificuldades a empresa não penalize o colaborador, que não faça demissões injustas e que não corte benefícios. Que seja uma empresa socialmente responsável, uma verdadeira empresa-cidadã, que suas metas estejam ligadas aos atributos da sustentabilidade ambiental e social, que promova diversidade e inclusão, que incentive o voluntariado e a participação dos colaboradores em projetos sociais. Que não haja politicagem, que tenha chefes éticos, justos, ouvintes, disponíveis, equilibrados, otimistas e competentes. E que estes chefes tenham preocupação constante para ensinar e desenvolver seus profissionais.
Ahhh, esqueci… e que pague o curso de inglês.
Olha, a gente promete “vestir a camisa”, viu?