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Direto do Festival de “Publicidade” 2011 em Cannes – Parte 2 1/2

Não resisti, tive que escrever esse post entre a parte 2 e a parte final número 3. Apenas devaneios…


Numa cidade em que os táxis são BMW e Mercedes, as pizzas individuais custam 13 Euros e o topless rola a vontade, nada mais natural do que encontrar coisas diferentes por aqui da nossa realidade tupiniquim, Mas, mais do que a própria cidade, o festival já é bem exótico e único.

Parar para ver o comportamento das pessoas participantes do festival já é um programa. Aliás, essa seria uma boa sugestão para os organizadores: colocar banquinhos nas áreas do Palais e vender tickets somente para sentar e observar. Muito bom!!!

A maioria se veste bem a vontade. Camiseta e bermuda é uniforme, apesar de encontrarmos alguns com sapato, calça e camisa de manda comprida (como o bigodudo aqui do meu lado dentro do auditório). O Palais fica na praia, estamos no verão, portanto o ambiente convida todos para um ambiente super descontraído.

Pessoas de todas as partes do mundo estão por aqui. Os asiáticos estão por toda a parte, eles sempre chegam cedo nos auditórios lotados para conseguir espaço, sempre com seus gadgets e anotando tudo. Já os europeus parecem estar se divertindo sempre, são mais leves e andam em grupos. Os americanos, como já escrevi antes, estão mais quietos por aqui, mas continuam do mesmo jeito. Ontem, numa apresentação, uma americana no meu lado soltou cinco “oh, god!” em apenas dez minutos de palestra. No quinto “Oh, god!” eu mudei de lugar. Num evento com criativos de todo o planeta não poderia ser diferente, independente da nacionalidade, tem óculos, cabelos e estilos bem exóticos por aqui. Isso sem falar nas festas que rolam quase todas as noites em Cannes. Basta andar na Croisette para ver as festas rolando nos grandes e badalados hotéis da orla, bem como as festas acontecendo na praia, com comida, bebidas caras e DJ’s dando um show. A cidade respira festa e diversão.

Já nos palcos dos auditórios, os apresentadores são mais formais. Não me lembro de ter visto ninguém de bermuda ou short no palco. Mas tem figuras… exatamente agora, enquanto escrevo esse post, tem um cara no palco fazendo uma apresentação vestindo uma calça de couro preta, camisa preta, óculos escuros na cabeça (sabe quando você vai à praia??). A poltrona que ele está sentado é preta, o chão é preto e o fundo do palco é preto. É tudo preto, ele está todo preto, o cara tem óculos escuros na cabeça, enfim, tem dessas coisas por aqui…

Gadgets? Tem de tudo. Eu sou uma exceção no evento com meu notebook. Sou da velha guarda. Totalmente out!!! Ninguém mais usa essas coisas velhas, grandes e pesadas. iPhones e IPads dominam os ambientes do Palais. Estar na parte de trás do auditório é um show a parte, pois dá pra ver claramente que quase todos na platéia estão com aparelhos nas mãos digitando algo, todos conectados.

Para um evento cujo full ticket custa mais de 2.500 euros, eu acho que os organizadores deveriam dar mais atenção para alimentação e logística. As instalações do Palais estão acanhadas para o tamanho do evento. Não tenho a mínima ideia de como eles vão resolver isso, mas acho que esse é um problema e tanto.

Enfim, independentemente das palestras e das premiações, o que vale mesmo são as pessoas. É muito especial poder participar de um evento desse, com tanta diversidade, espontaneidade e criatividade. Minha sugestão é mudar o nome de Festival de Criatividade de Cannes para Festa Junina de Criatividade de Cannes. Vai ficar mais de acordo. É uma festa mesmo, só falta o cuscuz e tapioca. A quadrilha tem toda noite…

Estou curtindo cada oportunidade por aqui.

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