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Executivo é demitido por ter publicado seu currículo no LinkedIn


Eu tomei conhecimento dessa notícia no artigo “Executive ‘forced out of job’ over LinkedIn CV” publicado no Telegraph.

Ao procurar mais notícias, eu fui parar no TechTudo, na matéria “Executivo é demitido após publicar seu currículo no Linkedin“. Não deixe de ler essa matéria para conhecer os detalhes do caso, mas o resumo é simples: na Inglaterra, um executivo de 34 anos foi demitido por ter cadastrado o seu currículo no LinkedIn e ativado, em seu perfil, o modo de busca de novas oportunidades de carreira.

Ele era o chefe de recrutamento da empresa. A demissão foi em junho de 2011. Existe um processo correndo e esse parece ser o primeiro caso na Inglaterra de alguém que foi demitido por dados publicados no LinkedIn. A empresa alega que o funcionário violou a política interna da empresa, que proíbe os funcionários de marcar o item “Career opportunities”.

Esse é mais um exemplo dos vários casos que surgem diariamente no uso das mídias sociais. É só pesquisar na web para encontrar centenas de casos, quase todos esbarrando no fim da fronteira entre o pessoal e o profissional. Tal fronteira não é clara, e nunca mais será. As novas tecnologias provocaram o fim daquela história de sair do trabalho, agora nós estamos no trabalho o tempo todo.

Não desejo entrar num debate e tomar partido, mas esse caso me parece um exagero. Ao descobrir que o executivo marcou no LinkedIn que estava em busca de novas oportunidades, alguém da empresa, provavelmente o chefe dele, deveria ter tido uma conversa com ele para entender o que estava ocorrendo. Sabe aquela conversa de discutir a relação? Seria algo por aí. Mas eu acredito que devem haver outros elementos que fizeram a empresa optar pela decisão de demissão sumária. O principal aprendizado que tiro desse fato é que as empresas estão alertas e atuantes nas redes sociais.

O relato de casos envolvendo o LinkedIn não é comum. A maior parte dos casos divulgados giram ao redor do Facebook e Twitter. Parece que o LinkedIn é tratado com mais cuidado e atenção pelos participantes da rede. A revista Época Negócios que está nas bancas (edição no. 59, janeiro/2012) afirma que 1 em cada 3 profissionais de alto nível no Brasil está no LinkedIn, e a cada segundo 2 novos profissionais entram na rede no mundo. Aliás, vale a pena ler a matéria “Você precisa estar no LinkedIn?“.

Estamos todos aprendendo a conviver nesse mundo aberto e transparente. Mas me assusta imaginar que não podemos ser espontâneos e genuínos nas mídias sociais assumindo que os chefes, colegas de trabalho, empresa e entidades de toda sorte estão nos vigiando, avaliando e tomando decisões a partir do que publicamos na rede. Enfim, existe um enorme Big Brother nos olhando todo o tempo. Por isso me amedronta o título do artigo “Be Careful With Your LinkedIn — Executive Forced Out for Profile Details” no Social Times. Ter muito cuidado no uso do LinkedIn como se fosse algo perigoso? Francamente…

Ahh, quer acessar o linkedIn dele? Acesse AQUI. Eu já dei uma vasculhada. O nome dele é John Flexman. No LinkedIn ele já se apresenta em outro emprego.

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