O estudo “Today’s CMO: Innovating or following?“, publicado em 2011, faz a gente pensar. A pesquisa foi uma preparação para o “Estudo Global com os CMOs“, mas ele levanta uma questão aparentemente crucial para o que se espera de um líder de marketing em qualquer empresa: ser ou não ser inovador?
Ser inovador tem seu preço. Inovar significa risco e ousadia, características inerentes ao perfil de qualquer ser humano e que numa empresa se soma à cultura corporativa. Numa análise inicial, espera-se que o líder de marketing e comunicação de uma organização seja ousado, pense adiante do tempo e que constantemente empurre a empresa para áreas que ela ainda está tateando.
O estudo agrupou os CMO’s entrevistados em dois grupos. Um grupo chamado de inovadores (innovators) e um outro chamado de seguidores (adopters).
Um determinado número de CMOs afirmou que está respondendo rapidamente às oportunidades providas pela era digital que estamos vivendo, desenvolvendo novas formas de relacionamento com os clientes, novas formas de comunicação e transacionando com o mercado através de diferentes meios. Esses são os INOVADORES, os que criam, experimentam e estabelecem novas fronteiras na arte de fazer marketing e comunicação.
No entanto, apesar dos CMOs reconhecerem essa nova era do cliente fortalecido, mais poderoso e independente, a maioria deles não está equipado e preparado para responder efetivamente a tais oportunidades e expandir as atividades “pré-era digital” que ainda executam. Ou seja, vivem olhando o mercado e “correndo atrás do prejuízo”. Reconheço que essa é uma forma dura de falar, mas esses são os SEGUIDORES.
Na vida real, todos nós que trabalhamos em marketing somos inovadores e seguidores ao mesmo tempo. As vezes buscamos ousar e fazer algo diferente, mas estamos sempre olhando o mercado, vendo os que os concorrentes fazem e aprendendo as tais melhores práticas. Uma vez escrevi um post dizendo que “entender e executar as melhores práticas é seguir o caminho da não inovação“. Também afirmei que “olhar constantemente os concorrentes é tirar o foco do cliente“. Apesar do tom exagerado dessas afirmações, acredito que essa é a melhor forma de você se tornar oficialmente um “SEGUIDOR“.
O estudo é bom, é cheio de números e boas conclusões. Vale a pena para quem deseja conhecer mais os dilemas, as preocupações e os gaps da turma que trabalha em marketing e comunicação.
Texto publicado no blog da CRN