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Liderança: Um gap profundo entre jovens e executivos

Saiu a pesquisa “Empresa dos Sonhos dos Jovens 2013”, realizada pela Cia de Talentos. Foram mais de 52 mil respostas nesta 12ª edição da pesquisa, o que evidencia um bom retrato da juventude do país.


O mais interessante da pesquisa de 2013, e que me chamou a atenção, foi entender detalhes de como os jovens veem a liderança. Esse é um tema crucial para o crescimento e desenvolvimento das empresas, afinal de contas essa tropa de jovens é que vai moldar as empresas nos próximos anos. Portanto nada como entender como funciona a cabeça dessa moçada.

É interessante saber que 54% dos jovens entrevistados disseram que não admiram nenhum líder da atualidade. Os 46% que têm um líder em mente afirmaram que as principais características para o líder escolhido são, nesta ordem: empreendedorismo, inovação e características pessoais.

Os jovens valorizam líderes que estejam próximos de suas equipes, que conheçam bem cada profissional, que saibam delegar as atividades e que tratem seus subordinados respeitando as diferenças de cada um.

Em 2012, 70% dos jovens entrevistados disseram que tinham em mente uma empresa dos sonhos para trabalhar. Em 2013 esse número caiu para 60%. Por que será? Para eleger a empresa dos sonhos os principais atributos citados foram, nesta ordem: capacidade de desenvolvimento pessoal (46%), reputação da empresa (32%), senso de realização (27%), pacote de salário e benefícios (24%) e a possibilidade de inovar (23%). Ou seja, a empresa dos sonhos está intimamente conectada ao conceito de LIDERANÇA.

Ver essa pesquisa me remete a uma outra pesquisa publicada no Valor, neste mês, na matéria “Distância entre líder ideal e o encontrado em empresas é grande“. A consultoria de recursos humanos Hunter Consulting Group fez uma pesquisa com executivos de empresas e a conclusão é que existe uma longa distância entre o líder ideal e o perfil de liderança. Os principais gaps foram: falta foco no desenvolvimento de pessoas, falta mais disposição para assumir riscos e a incapacidade de inspirar os funcionários. A competência considerada mais importante pelos executivos foi desenvolvimento pessoal, com um índice de 88%. Surpreendentemente, quando avaliadas as habilidades mais encontradas nos líderes das empresas, a gestão de pessoas apareceu apenas em 31% dos casos. Ou seja, existe um imenso gap entre o ideal e o real.

A ironia maior é comparar as duas pesquisas. Uma feita com os jovens e outra feita com os executivos. Ambos apontam o desenvolvimento pessoal como o mais importante, no entanto os próprios líderes reconhecem que estão devendo nesta competência.

Enfim, veja o vídeo super bem feito pela Cia de Talentos com o resultados e os “findings” da pesquisa Empresa dos Sonhos 2013. Vale a pena.

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