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Mais da metade das contas de Twitter das empresas estão inativas

O último post, a respeito do uso do Twitter nas empresas, me fez recordar o interessante estudo publicado em novembro de 2009 pela Weber Shandwick, chamado “Do Fortune 100 Companies need a Twittervention?


Não conhece. Vale a pena acessar AQUI.

Eu sei, eu sei. Você vai dizer que o estudo é antigo que os números hoje podem estar bem diferentes. É verdade. Dois anos são uma eternidade no mundo das redes sociais, mas o conceito ainda vale. O estudo avaliou as atividades no Twitter das 100 maiores acompanhadas pela Fortune, no período de agosto a setembro de 2009. Eis os pontos de destaque do estudo:

O estudo concluiu que 73% das 100 empresas Top registraram um total de 540 contas no Twitter. Entretanto, 76% delas não postavam tweets com frequência, e 52% apresentavam sinal de inatividade.

53% das contas não apresentavam personalidade, tom ou voz em suas páginas. Apenas 32% das contas davam sinais de personalidade em suas páginas, com “backgrounds” bem desenhados, nomes e/ou fotos daqueles responsáveis pelos tweets.

26% das contas eram usadas primariamente para divulgação de informação sem provocar o engajamento dos seguidores, ou seja, tipicamente na filosofia de comunicação de mão única. Os tweets não apresentavam opiniões ou encorajavam discussões. Tal cenário contradiz o conceito básico de qualquer rede social, que é o diálogo de mão dupla, para construir relacionamentos.

24% das contas foram primariamente usadas para “brand awareness”. Muitos estavam lá simplesmente para ter uma presença online.

O estudo analisou as contas e traçou o seguinte perfil de uso: 26% para divulgação de informação 24% paras “brand awareness” 16% para vendas 11% para “thought leadership” 9% para atendimento ao cliente 14% para outros usos

A conclusão do estudo de 2009 foi evidente: o Twitter continuava como uma oportunidade desperdiçada para a maioria das 100 Top empresas da Fortune. Muitas das contas examinadas no estudo não pareciam ouvir ou engajar os leitores, mas apenas como um canal de comunicação de mão única para fazer “broadcast” de press-releases, posts de blog e/ou qualquer informação eventual.

Lembro que naquela época, eu fiquei decepcionado ao tomar conhecimento do estudo pois afinal falávamos das maiores empresas dos EUA. Desconheço qualquer estudo semelhante mais recente, mas me atrevo a dizer que os resultados de hoje (2011) seriam algo muito parecido, salvo algumas considerações. Provavelmente, o número de contas de Twitter por empresa deve ser muito maior. As empresas mais atuantes no Twitter têm contas para a marca, por unidade de negócio, por atividade, por região, por perfil de cliente, e por aí vai. A fragmentação deve estar aumentando. A gestão dessas contas muitas vezes é falha ou inexiste. É comum as empresas esquecerem as contas antigas e criarem contas novas, gerando um monte de lixo no Twitter, que muitas vezes as empresas desconhecem. Acredito que o número de contas de Twitter inativas deve ser grande. Mas tudo isso é especulação minha.

O fato verdadeiro, e descrito no meu post anterior, é que temos muito mais perguntas do que respostas. Por enquanto todos nós, profissionais de empresas, temos que estudar muito, aprender com quem já fez ou está fazendo, ter coragem para fazer e ousar, e humildade para reconhecer os erros, dar os passos para trás e começar de novo.

Para fechar esse post, recomendo um bom material sobre Twitter nas Empresas. Vale a pena fuçar e escarafunchar o Twitter Guide Book publicado no Mashable.

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