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Nestlé e Greenpeace travam batalha nas redes sociais

No início da semana passada o Greenpeace lançou uma campanha contra a Nestlé, mais especificamente contra o KitKat, dizendo que ela compra óleo de dendê de fornecedores que estão “destruindo as florestas tropicais da Indonésia, que ameaça a subsistência dos povos locais e empurrando orangotangos para a extinção.”

O Greenpeace publicou um vídeo que mostra um trabalhador abrindo um pacote de KitKat e comendo, sem notar, um dedo de orangotango. O filme choca.

A Nestlé procurou o Google para tentar tirar o vídeo do YouTube alegando que o uso do logo violou direitos autorais. Mas já era tarde, o vídeo já havia se tornado viral no Vimeo e no YouTube, com vários usuários re-postando o vídeo.

Como este movimento começou em UK (United Kingdom), a Nestlé UK publicou um comunicado oficial posicionando-se sobre o uso de óleo de palma, ou de dendê, como chamamos no Brasil.

O Greenpeace aproveitou o movimento da Nestlé para aumentar ainda mais o barulho da campanha criando um hotsite da campanha. Acesse AQUI. Ações foram implementadas em vários países, inclusive o Brasil. Acesse AQUI o hot site do Brasil.

Em resumo, a reação da Nestlé ajudou a acender todos os holofotes para o caso.


O assunto bombou em vários blogs importantes que falam sobre Redes Sociais, como o do Scott Gould que escreveu um excelente post chamado “The 7 Things Nestlé Should’ve Done“, e do Gauravonomics, com um post publicado chamado “Lessons From Nestle’s Struggles With the Greenpeace KitKat YouTube Video and Facebook Fan Page Revolt“.

Analisando o caso com mais cuidado, duas ações da Nestlé parecem ter sido as reais detonadoras de toda esta repercussão. A primeira ação foi a publicação do comunicado oficial da Nestlé, que mostrou que a empresa deu importância para a denúncia do Greenpeace. A segunda, talvez mais relevante que a primeira, foi a reação da Nestlé em sua página no Facebook nos primeiros dias. Muitos comentários negativos postados pelas pessoas foram deletados e muitos outros foram respondidos com respostas padronizadas, mostrando que a empresa parecia não tratar cada comentário de forma individual. Esta situação, aparentemente fora de controle, só fez aumentar a repercussão do caso.

Enfim, o caso ainda está vivo. Para quem trabalha e estuda redes sociais corporativas, vale a pena acompanhar.

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