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O uso de TV na Comunicação Interna

Desde 2006 que nós usamos na IBM um sistema de TV como ferramenta de comunicação interna. Vale alertar que não é o sistema de TV usado por muitas empresas para treinamento ou comunicação do executivo com toda a população. Essa fórmula é usada, por exemplo, na Magazine Luiza, onde todos os empregados, num determinado dia e hora, se colocam na frente das inúmeras TVs espalhadas pelas instalações da empresa para ouvir uma mensagem executiva.

Nossas primeiras TVs foram colocadas nos elevadores do prédio de Tutóia e rapidamente se tornaram uma preciosa fonte de informação. Basicamente a tela da TV se divide em duas partes: 2/3 é ocupada com notícias IBM e 1/3 com notícias e índices de mercado. O serviço fornecido por um provedor externo inclui toda a parte técnica e o provimento das notícias externas. Todas as notícias internas são produzidas pelo grupo de comunicação da IBM, que faz um serviço brilhante, impecável e insano. Eu digo insano pois uma ferramenta como a TV no elevador, num edifício com 3 mil trabalhadores, mais um número considerável de visitantes e circulantes, exige uma grade atualizada diariamente, atrativa, muito bem escrita e com equilíbrio de informações. Enfim, a experiência tem sido maravilhosa e hoje temos TVs espalhadas em quatro instalações da empresa: edifícios de Tutóia e Água Branca em São Paulo, em Hortolândia e no Rio de Janeiro.

No prédio de Tutóia, em São Paulo, de 20 andares, temos TVs de 13 polegadas nos elevadores. Já em Hortolândia, onde a planta predial é horizontal (apenas um andar – são vários prédios conectados por corredores – é uma ex-fábrica), optamos por colocar TVs de 42 polegadas nos principais pontos de circulação. São mais de sete mil pessoas trabalhando diariamente na IBM Hortolândia.

Essa diferença de necessidades exige fórmulas completamente diferentes de operar e produzir as grades. Uma coisa é produzir para TVs pequenas onde as pessoas estão dentro de um elevador por instantes, outra coisa é produzir para TVs de tela grande, onde as pessoas estão nos corredores e param para ver as notícias, sem pressão de tempo. Além disso, é importante levar em conta que a grade deve atender à exigências locais, ou seja, a grade de assuntos de Hortolândia precisa atingir um perfil de público diferente do que encontramos no prédio da IBM em Tutóia. Por causa disso, o time de comunicação da IBM gerencia grades diferentes, com periodicidade de atualizações e notícias diferentes para cada uma das localidades em que se encontram as TVs. A customização é tanta que, no caso de Hortolândia, é possível direcionar um assunto específico para uma única TV, atendendo apenas a um grupo de profissionais.

Esse é um aprendizado que temos desenvolvido no dia a dia, mas já aprendemos algumas coisas ao usar as TVs:

– As notícias devem ser curtas e objetivas;

– Devemos usar efeitos de movimento e cores. A TV exige algo dinâmico e atraente;

– A TV favorece notícias sobre pessoas pois todos gostam de ver seus amigos e colegas na TV;

– Uso intenso de fotografias e vídeos;

– Atualização constante da grade pois notícia velha mata qualquer veículo. No caso de Hortolândia, a atualização é diária;

– Atualização da grade exige disciplina, portanto um sistema gerencial para coleta e seleção das notícias é condição básica para o sucesso do projeto.

Em resumo, a TV não é o velho mural que colocamos nas paredes. É algo vivo que tem que ter dinamismo. O formato de apresentação é tão importante quanto o conteúdo.

E o que é melhor, TV ou Mural ? A TV substitui o Mural? Esses são temas para outro post.

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