Em junho do ano ano passado, o site norte-americano UBERCEO – que cobre a “vida” dos CEOs, Chief Executive Officers de empresas – afirmou que, a maioria dos 100 principais executivos do planeta não frequenta rotineiramente as redes sociais. Poderíamos até dizer que o pessoal não tem intimidade mesmo.
A pesquisa realizada pelo UBERCEO foi em comunidades como Facebook, Twitter, LinkedIn e Wikipedia. O resultado é que apenas 2 CEOs tinham contas no Twitter, 13 deles tinham perfis no LinkedIn, 81% não tinham página pessoal no Facebook e nenhum deles tinha um blog.
Apesar da pesquisa ter sido “pobrinha”, o tema ganhou repercussão na web. E o principal motivo foi evidenciar que os executivos que comandam as maiores empresas do planeta não estão muito bem conectados com as novas formas de comunicação e relacionamento da sociedade, onde os seus clientes estão inseridos.
Desde então eu liguei o meu radar e passei a olhar o tema com mais atenção.
A verdade nua e crua é que os executivos, de maneira geral, estão muito distantes das redes sociais. E já me antecipo pedindo desculpas se estou generalizando. De forma geral, o presidente de uma empresa já reconhece que é algo importante e que a sua empresa não pode ficar de fora, mas na maioria das vezes ele delega para alguém cuidar em nome dele. Alguns até demonstram vontade de participar, mas o duro é separar tempo na agenda para “brincar” de redes sociais.
Eu não acho que eles estão desinteressados como muitos afirmam. O problema maior é de prioridade. Entre uma revisão de negócios e um passeio por alguma rede social, a primeira opção ganha de goleada. É por isso que na maioria das empresas, segundo um estudo da Deloitte, a atividade de redes sociais acaba caindo no colo de marketing, que já enxerga o mundo das ferramentas sociais como uma arma poderosa de influência e relacionamento com os clientes.
Eu, sinceramente, tenho dificuldade de ver os executivos de Recursos Humanos e Customer Service longe das redes sociais. Como eles podem dispensar tais recursos? É difícil de entender. Eles ainda gastam tempo com emails e outros meios de relacionamento, quase sempre de mão única e lentos em velocidade, mas não investem e se arriscam nas tecnologias sociais.
Pesquisas já realizadas por outras fontes, mostram que os executivos temem as redes sociais pelos riscos que elas podem trazer para a reputação da empresa, pelo vazamento de dados estratégicos, pela falta de conhecimento em como lidar com as redes e pela possível improdutividade que ela pode trazer para o funcionário. Mas, por trás disso tudo, tem o principal motivo: a velha razão da falta de tempo. E dá-lhe reunião de revisão de negócios…
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