Cara, numa boa, eu estou pirando! Estou com mais de quatro mil emails ainda não lidos na caixa de entrada, mas isso é apenas a ponta do iceberg. Diariamente, recebo mensagens por email, pelo Whatsapp, pelo Linkedin, pelo Twitter, pelo Messenger do Facebook, pelos comentários dos meus posts em diversas redes sociais, pelos meus blogs, etc. E, pasmem, até por mensagem de voz no celular! Ah, tem também o Instagram, onde de vez em quando pintam umas mensagens.
Como gestor de marketing e comunicação de uma grande empresa, é natural que eu seja abordado com pedidos de patrocínios, apresentações de projetos, pedidos de entrevistas com executivos da empresa, envios de currículo, solicitações de emprego, entrevistas para trabalho de final de curso de faculdade, papos sobre carreira, agências desejando apresentar suas especialidades e serviços, etc. Tudo isso é muito legal e faz parte da minha responsabilidade. Eu gosto muuuito e procuro ler tudo o que recebo com toda atenção, mas confesso que está mais difícil dar conta do tsunami.
Ok, você tem razão. O problema é meu. Saber lidar com tudo isso faz parte do jogo. Talvez eu não esteja sabendo gerenciar as coisas e preciso repensar as prioridades de minha agenda. Eu aceito bem esse feedback. A questão é que o tratamento às mensagens que recebo cada vez me consome mais tempo e a conta não fecha.
A questão é simples: para cada email que eu enviar, certamente eu vou receber um email de resposta, pelo menos. Aliás, essa regra vale para qualquer mensagem em qualquer tipo de canal. Sabe aquela lei de Newton que diz que toda ação gera uma reação? É por aí.
Eu sei que não existe uma fórmula mágica. Eu sei que não vou conseguir aumentar o número de horas por dia, já que estamos limitados a ridículas 24 horas. E também não sou capaz de diminuir minhas horas de sono. Obviamente que não dá para delegar nada disso para ninguém. E seria inaceitável me tornar um ermitão e ficar inacessível.
A maioria das mensagens que recebo é pertinente, sobre temas interessantes, com pedidos e projetos bem legais. Porém, algumas delas são bem estranhas, com propostas que não fazem sentido e/ou abordagens heterodoxas. Parece que o emissor colocou apenas o meu nome, sem se preocupar se o assunto tinha pertinência ou não. Por isso, pego carona nesse post para deixar alguns recados para alguns “amigos”.
Meu caro Jorge, eu não conheço você. Certamente você é gente boa. Mas, por favor, não envie mais pedidos de patrocínio para festa junina. Eu sei que é legal, eu também curto muito um salsichão na brasa, mas não vai rolar, entende?
Meu querido Rick, não mande emails com o título “Want to grab a coffee, Mauro?”. Depois de três emails no último mês, me bateu curiosidade e fui pesquisar onde você está. Cara, você está na Inglaterra. Entende porque mandar um email me convidando para um café não vai funcionar?
Roberto, nós só estivemos juntos uma vez, foi num evento, quando trocamos cartões. Nem conversamos muito, lembra? Portanto, não é uma boa você me enviar um SMS no dia do meu aniversário me desejando parabéns como se fossemos grande amigos. Não tem cola, sacou? E, se mesmo assim você deseja continuar sua celebração virtual, apenas evite me enviar a mensagem no primeiro minuto do dia, logo depois da meia-noite, como foi da última vez.
Prezada Abgail, porque seus emails sempre começam com “há quanto tempo não nos vemos” se nós nem nos conhecemos pessoalmente?
Têm alguns emails que começam assim “O senhor ainda não analisou…”, mas eu combinei em algum momento que ia analisar?
Uma vez recebi uma mensagem me convidado para um evento. Dizia assim, venha ao evento e ganhe uma “massagem especial”. Fiquei com medo e nem passei perto.
Geraldo, por que você insiste em me convidar para eventos de degustação de vinhos se eu não bebo vinho? Já respondi isso tantas vezes.
Ah, e tem o pessoal que me chama de Mario.
Você, leitor amigo, não fique chateado se você enviou uma mensagem para mim e eu não respondi. Tenha certeza que sua mensagem está aqui comigo, em algum lugar, eu apenas ainda não li. Mas eu chego lá!