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Uso de armas digitais na campanha eleitoral dos EUA é um exemplo para o mundo corporativo

Li e reli a mesma notícia nos jornais no final do ano passado: “Depois de Barach Obama nunca mais uma campanha eleitoral será igual nos Estados Unidos. Pela primeira vez um candidato a um dos cargos mais importantes do planeta colocou a internet e outros meios tecnológicos no coração de sua estratégia desde o início de suas pretensões presidenciais, em 2007, quando elas ainda pareciam um sonho” – frase retirada do jornal Estado de São Paulo de 03/11/2008.

Recentemente, em terra brasílis, a notícia é que o Presidente Lula não lê jornais, sites de notícias e revistas, além de também não assistir à televisão. Pelo menos é isso que circulou na imprensa recentemente, fruto de uma entrevista que o presidente deu para a revista “Piauí”.

Não quero fazer juízo de valor, muito menos comparar as duas personalidades, até porque não acredito na afirmação de que o Presidente Lula não lê jornais (leia você a entrevista do presidente e tire suas próprias conclusões, o link está no final desse post). Meu ponto aqui é a diferença de percepção e compromisso desses dois personagens com esse novo mundo colaborativo, online, dispersivo e virtual. É claro que tem um pouco (ou muito) mais do que isso. O Presidente Obama, antes de sua posse, deu dez entrevistas coletivas, enquanto que o Presidente Lula deu apenas duas entrevistas coletivas formais em seis anos (dados do jornal O GLOBO de 10/01/2009). Ou seja, existem estilos bem diferentes entre os dois de lidar e se relacionar com a mídia. Por outro lado, a mídia americana é bem diferente da brasileira.

Voltando ao meu ponto, essa situação de Obama e Lula tem perfeita conexão com o mundo corporativo. O comandante da empresa (chairman, CEO, presidente, gerente geral, etc) é que dá o tom. É ele que vai fazer as mídias sociais decolarem dentro da empresa. É o estilo ousado ou conservador, fechado ou aberto, informal ou formal, que vai determinar a “cara” da empresa na mídia. Obviamente que a política de comunicação da empresa tem papel importante nisso tudo, pois é ela que vai permitir criar, ou não, os canais e as oportunidades de comunicação (interna e externa) para a empresa, mas será o líder máximo da empresa que vai dar a credibilidade e a credencial para que essa política vire realidade. Existem muitos casos de mercado onde a substituição de um presidente por outro mudou a “cara” da empresa e a forma como ela se relaciona com a mídia e a sociedade.

Enfim, meu propósito aqui foi destacar a recente estratégia de Obama no mundo da internet. Ele inovou e foi ousado. A sociedade reconheceu isso. As estratégias e táticas usadas por Obama deveriam ser mais estudadas. Acredito que são ótimos exemplos para o mundo corporativo, que deveria explorar e investir mais nesse tipo de relacionamento virtual e aberto com o mercado. Vamos ver agora de que forma o presidente dos EUA vai aplicar esses conceitos no governo que se inicia.

Quer saber mais sobre o mundo digital de Obama? Veja aqui a matéria do Estadão de 3/11/2008

Quer saber mais sobre as notícias de que o Pres. Lula não lê jornais: Veja aqui a matéria do O GLOBO e a entrevista do Pres. Lula para a revista “Piauí” na íntegra.

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