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FUTURO(S): o livro que é uma pequena joia!

O livro, ao chegar em minhas mãos, foi imediatamente surrupiado pela Valéria, minha esposa. Ela colocou o livro em sua bolsa e andava com ele para todos os lados. Até que finalmente, em um dia de trabalho, onde ela ficou ausente por várias horas e eu fiquei sozinho em casa, ela envia a seguinte mensagem pelo whatsapp: “eu estou completamente apaixonada pelo livro”. Pensei: “agora é que não vou ver mais o livro.


A Valeria é daquelas pessoas que se apaixonam por livros, levam eles para cama, dorme abraçado com eles, coloca embaixo dos travesseiros, se embebeda com seus conteúdos e nenhum livro sai incólume: os livros que ela mais gosta são aqueles mais amassados, rabiscados e torcidos, com pequenas manchas de refrigerante.


Naquele mesmo dia à noite eu consegui pegar o livro, porém resultado de alguma negociação.


Peguei o livro em mãos. Capa dura, preta, elegante e bonito.


Abri o livro, folheei despretensiosamente, uma, duas, três vezes. “Que livro interessante”, pensei. Deu vontade de ler, o conteúdo estava estruturado de uma forma diferente, em pílulas, com QR codes espalhados, fontes de formatos e tamanhos diferentes, várias páginas pretas com letras brancas, diagramação interessante etc. Pensei: “Preciso ler este livro”.


No dia seguinte consegui um bom tempo para me dedicar ao livro.


Abri a primeira página. Lá estava a dedicatória: “Mauro, gratidão por todos os passado(s), presentes(s) e futuro(s) saudáveis que você nos entrega! Com carinho, Ligia Z.”


Depois li o sumário, prefácio, introdução e assim por diante. Em poucos minutos o livro se mostrou extremamente prazeroso e gostoso de ler. Apesar de ter uma sequência lógica e crescente, o livro não exige uma rígida ordem de leitura porque podemos ler a página que bem entendermos, de forma aleatória, porque sempre fará sentido.


Também descobri que cada página tem muito conteúdo, mesmo nas páginas com apenas uma ou duas frases. Os QR codes trazem muita informação e referências, potencializando o que é dito no livro.


Em quinze minutos eu já estava convencido do conteúdo riquíssimo do livro.



UM DIA EM 2037


Anos atrás, inesperadamente, na timeline de uma rede social, um vídeo com um título curioso pulou na minha frente: “Um dia em 2037”. O título me chamou muito a atenção, foi impossível não clicar no link. Foi aí eu vi que a palestrante era Ligia Zotini.


Eu trabalhei com Ligia na mesma empresa durante anos. Portanto a conheço bem. Ligia foi uma executiva competente, fácil de trabalhar, de alta performance e carreira crescente. No entanto, sempre a vi maior do que o cargo que ocupava. Em nossos papos, eu já identificava a Ligia inquieta e ansiosa por abrir seus braços e expandir seus horizontes, desejando beber de outras fontes. O mundo corporativo não atendia seus sonhos e aspirações, isso era muito evidente porque nossos papos iam sempre além do trabalho e do escopo dos projetos que estávamos envolvidos. Ali eu já via uma Ligia louca para bater asas e voar.


A palestra “Um dia em 2037” foi dada no Epicentro em 2017. Assistir a palestra me despertou três sensações.


A primeira foi a ousadia de alguém imaginar e compartilhar uma visão de mundo para 2037! Ou seja, vinte anos à frente. Que presunção! Que coragem!


Em seguida veio o encantamento pelo conteúdo. Na palestra ela fala sobre muitas coisas que eu já sentia e pensava, mas que não conseguia me expressar. Ela fala de um mundo mais humano através da tecnologia, um futuro possível e saudável, vislumbrando um cenário de planeta e sociedade muito melhor do que o presente.


E, por fim, constatei que o projeto Voicers, criado e fundado pela Ligia, estava que nem um avião na pista de um aeroporto: ainda taxiando, porém se aproximando da cabeceira da pista, prestes a decolar em algum momento.


Digitei www.voicers.com.br e entrei no link “O que é Voicers?”


Somos um ecossistema digital de educação que busca democratizar o acesso às tecnologias e tendências futuras, que ajudarão a desenvolver as pessoas a usá-las de forma exponencial e positiva. Acreditamos que conhecimento alinhado à tecnologia é a principal ferramenta para construção de um futuro ideal. Esse ecossistema é composto por Voicers, pessoas que já vivem no futuro e são experts nas áreas de tecnologia, ciências, inovação e desenvolvimento humano. Através de suas vozes e visão de futuro são capazes de influenciar outros a repensarem o seus! Temos então o compromisso de gerar através dessas vozes, conteúdo educacional com grande foco em vídeos com qualidade e das mais inusitadas formas, eventos e momentos, que chamamos de Tech Talks!


TECNOMAGIA


Ao terminar de ver a palestra da Ligia no youtube, eu imediatamente digitei o seu nome no Google em busca de mais conteúdo. Surgiu uma palestra dela no TEDx chamada “Tecnomagia: Como o Melhor do Humano Ativará Tecnologias do Futuro”. Ao assisti-la integralmente, são apenas 16 minutos, eu me identifiquei profundamente com o ser Ligia.


Em um determinado momento da palestra (no tempo 2:10 do vídeo) ela cita um livro que lhe causou grande impacto, chamado “Eram os deuses astronautas?”, de Erich Von Daniken. E ela cita especificamente uma imagem esculpida em pedra, onde aparece um deus maia, que ela diz parecer que ele está sentado digitando em um computador.


Fiquei vendo e ouvindo tudo aquilo, extasiado. Por volta dos meus quinze anos de idade, eu também fui profundamente impactado quando li o mesmo livro. E, incrivelmente, a imagem mais marcante do livro que se fixou na minha mente foi exatamente aquela, que na minha imaginação era alguém sentado no cockpit de um pequeno foguete.


Cabe dizer que o desenho citado é a lápide do sarcófago de Pacal, O Grande, que foi rei e governante do Estado Maia, no México. Sua morte aconteceu no ano 683 d.C. porém seu túmulo só foi descoberto em 1952. A lápide deste túmulo é um grande monolito pesando mais de 5 toneladas. Nas últimas décadas, a interpretação do significado nela inscritos tem sido motivo de muita polêmica por conta da especulação de que o rei guerreiro parece estar dentro de uma espaçonave ou algo parecido.


No vídeo, Ligia diz que a leitura do livro foi tão impactante que ela colocou na cabeça que iria conhecer os mesmos lugares e caminhos que o autor percorreu na construção do livro. Então, ela viajou pelo mundo, em paralelo com suas atividades profissionais, para conhecer sítios arqueológicos, templos e outras evidências de que o nosso planeta já foi visitado ou habitado por seres de outro planeta há milhares de anos. Acho que foi nesta época que a semente do projeto Voicers foi plantada dentro da mente voadora da Ligia.


Isso me provocou profunda identificação porque eu também desejei isso em minha juventude. De minha parte, tais desejos foram apenas sonhos não realizados, porque na minha tenra juventude era quase impossível viajar pelo mundo. No entanto, eu passei a ler e colecionar compulsivamente todos os livros sobre isso. Cheguei a ter dezenas em casa, estudei astronomia e tudo que me pudesse trazer mais luz sobre aquela certeza de que os deuses eram realmente astronautas de outro planeta.

Publico a seguir a palestra de Ligia. Curta muito porque merece.



O LIVRO


O livro “Futuro(s)” de Ligia Zotini é uma pequena joia.


Ele oferece fortes evidências de que podemos construir futuros saudáveis e ideais, bem diferentes daqueles apresentados em “Black Mirror”, “O exterminador do futuro” e “Matrix”.


Em determinada página, é dito o seguinte: “Sabemos que os algoritmos são desenvolvidos, em sua maioria, com base em gatilhos mentais e emocionais, em uma disputa cada vez mais sofisticada pela atenção e intenção humana. Se você não se conhecer, o algoritmo vai. E tudo que te conhecer melhor do que você mesmo, tem o total poder de te conduzir, influenciar e manipular. O humano se autoconhecendo, cuidando e curando é a forma mais potente de promover bem-estar pessoal e progresso social.


No exercício de possíveis cenários futuros, o livro nos leva a imaginar que as pessoas desenvolverão TECNOLOGIAS HUMANAS, tais como: intuição/consciência expandida, sonhos lúcidos, viagens em projeções, leitura de energia, desenvolvimento de campos energéticos, desenvolver sincronicidades etc. Isso tudo me pareceu muito espetacular. Me gerou ansiedade por este futuro e esperança de dias melhores. Fiquei curioso pelo conceito de “sonhos lúcidos” e fui pesquisar na internet. Fiquei encantado.


O livro apresenta algumas práticas que ajudam muito no aprimoramento destas tecnologias humanas.


Aí vem uma grande surpresa, porque no meio destas projeções futuras e mundos extraordinários, as práticas citadas são aquelas que já conhecemos, muitas de civilizações milenares, que estão ao nosso alcance, como meditação, yoga, alimentação saudável, alinhamento dos chakras, constelação familiar, óleos essenciais e aromaterapia etc.



É muuuuuuito legal o exercício de cenários que o livro faz sobre profissões e ecossistemas.


Nas páginas “CONTRATA-SE” aparecem oportunidades de trabalho hoje inimagináveis, tais como curador de memórias pessoais, desmaterializador de mundos, antropólogo de IoT, ética robótica etc. Isso é maravilhoso porque estamos falando de novas profissões, de especialistas que necessitarão de desenvolvimento profissional bem diferente do que é oferecido atualmente nas instituições de ensino que conhecemos. Ou seja, um bom exemplo daquilo que chamamos de disrupção.


Ao acessar os QR codes, o livro se multiplica porque oferece um caminho de busca e estudo, referências e mais profundidade em alguns temas. Os QR codes levam o leitor para o youtube, instagram, spotify, blogs e outros canais. Existe o risco de você sair do livro através de um QR code e demorar para voltar.


O site do VOICERS também é um belo complemento do livro, vale conhecer.


Muitos filmes, livros e ficções especulam sobre cenários de futuros catastróficos, muitos colocando a desgraça da raça humana como o pilar da narrativa, até extinção. Nestes cenários sombrios, quase sempre o vilão é a tecnologia. Ligia afirma que precisamos repensar tal conceito, afinal a tecnologia é neutra, portanto, não devemos temer a tecnologia. O medo real está nos que as pessoas podem fazer através dela.


A conclusão parece óbvia: mais do que o desenvolvimento da tecnologia, a sociedade deveria investir e colocar intenso foco no desenvolvimento humano. Ao fazermos isso, é quase inevitável reconhecermos que o conhecimento e a experiência de nossos ancestrais, dos deuses astronautas, podem nos servir como um farol, viabilizando um redescobrir da humanidade na construção de um futuro glorioso, saudável e mais humano.



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