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Home Office – Breve em cartaz na sua casa

Uma pesquisa da Consumer Electronics Association (CEA) mostrou que 37% dos norte-americanos já trabalham em casa, ao menos um dia por mês. Essa é uma tendência crescente, especialmente nos EUA onde as condições de infraestrutura, de telecomunicações e de leis trabalhistas ajudam bastante. No Brasil, ironicamente, estes são os fatores que atrapalham a aceleração dessa tendência. Soma-se a isso o fator cultural, que em nosso país é muito forte. Os nossos gerentes gostam de estar bem pertinhos dos funcionários, existe o conceito de que o funcionário precisa estar sob os olhos do gestor para constatar que ele está trabalhando. Essa é uma cultura empresarial forte que ainda funciona como uma barreira significativa para o “home office” tupiniquim.


Na IBM, vivemos uma experiência interessante. Aproximadamente 40% dos 400 mil funcionários da empresa no mundo já trabalham remotamente. Estamos falando de funcionários que trabalham regularmente em suas próprias casas ou em instalações não IBM, como por exemplo aqueles que trabalham em instalações dos clientes.

O feedback recebido de quem trabalha em casa tem pontos positivos e outros negativos. E os executivos parecem compartilhar da mesma opinião. O feedback positivo fica por conta do melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, do aumento da concentração e maior produtividade, já que no escritório as interrrupções são constantes. Já a visão negativa diz respeito a sensação de isolamento, de falta de integração, de problemas de carreira e desconexão com o clima organizacional. Do ponto de vista de comunicação empresarial, o desafio é enorme. Como alcançar o funcionário remoto e fazê-lo se sentir dentro da empresa? Como fazer ele entender a estratégia da empresa e ter um sentimento de pertencimento? Neste contexto, o ferramental tecnológico passa a ser muito importante pois é necessário levar a empresa até dentro da casa do funcionário.


Não é por acaso que uma pesquisa da Forrester Research apontou que os trabalhadores remotos já são considerados como prioridade pelas áreas de TI (Tecnologia da Informação) das empresas americanas. A pesquisa tem números interessantes que vale a pena conhecer, mas fica evidente a complexidade que é colocar as pessoas para trabalhar em casa sob o ponto de vista tecnológico. Dois grandes desafios são: – o alto número existente de processos manuais e desintegrados que ainda existe na empresa, – e a confusão de plataformas de tecnologia que as empresas têm instaladas para fazer a companhia “rodar”.

Recomendo a leitura de uma interessante análise sobre “Home Office” feita por Viviani Mansi no blog Comunicação Interna. É uma visão prática de quem conhece o assunto. Aliás, vale a pena vasculhar todo o blog, tem muita coisa boa.

Existe uma outra pesquisa relevante chamada “Telework Trendlines 2009” da WorldatWork publicada em Fev/2009, que traça o perfil do trabalhador remoto norte-americano. Segundo a pesquisa, o número de trabalhadores remotos nos EUA cresceu 74% nos últimos 3 anos. E a tendência é de alta. Esta tendência não rola somente na Terra do Tio Sam, aqui em Terra Brasilis o movimento também é de alta conforme uma pesquisa citada na Computerworld.

Para fechar o post, veja abaixo uma matéria veiculada no Jornal Nacional em Ago/2009. Como toda matéria no JN, ela é superficial, mas é interessante ouvir o depoimento de trabalhadores que já experimentam essa nova forma de trabalho.

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