Joana me chamou para conversar sobre o meu último artigo.
Neste artigo, eu contei que a minha obsessão em escrever sobre mim mesmo é uma espécie de catarse… de terapia… de conversar com Deus. Há muito tempo busco colocar no papel os meus pensamentos, as minhas confidências, os meus anseios e conflitos, as minhas angústias e sofrimentos, mas também minhas alegrias e conquistas, desejos e sonhos. Quando escrevo, eu consigo colocar as coisas para fora, conversar com meus lobos, ordenar meus pensamentos, escolher caminhos e até tomar decisões de vida. Basta ter papel e caneta, e já estou escrevendo.
ESCREVER COMO AUTOTERAPIA
Apesar de ter o hábito de escrever há muito tempo, acho que a “autoterapia” a partir da escrita teve início somente em 2017, que foi o ano da descoberta do câncer da Regina. Eu não tinha com quem conversar sobre o que estávamos passando, sobre o que eu estava sentindo. Na verdade, eu nem sabia elaborar exatamente o que acontecia dentro da minha mente. Foi neste instante que o meu antigo hábito de escrever ganhou amplitude, tornando-se meu aliado nos momentos mais difíceis, quando eu precisava destampar a panela de pressão e equilibrar a gangorra de sentimentos conflitantes. Para todos os lugares que eu ia, não importava onde, nem quando, lá estava eu com caderninho e caneta.
Eu já havia agido desta forma em outros momentos da minha vida, como na minha primeira demissão, em alguns desafios no trabalho e nas ausências de meus filhos, em seus intercâmbios, no exterior do país. Porém, nestas oportunidades, meus textos eram mais descritivos e factuais, pois descreviam mais o que acontecia ao meu redor, falando do contexto, porém pouco do que ocorria dentro de mim. Somente a partir de 2017 é que passei a escrever compulsivamente sobre mente e alma, iniciando uma jornada despretensiosa de autoconhecimento, que acabou virando rotina e paixão, tornando-se essencial para minha ressignificação de vida.
O DESAFIO DE JOANA
O que me chamou atenção na conversa de Joana sobre meu último artigo foi quando ela disse: “Eu já tive vários cadernos! Eu já tentei escrever várias vezes como rotina, já tentei fazer diários, mas sempre largo tudo no meio do caminho.”
E perguntei: “Você já parou para pensar qual é o real motivo que te leva a parar de escrever? O que você sente quando isso acontece?”
Joana me deu uma resposta longa: “Acho que tudo que escrevo é muito mecânico, superficial e racional. Não é espontâneo. Diante do papel eu fico travada. Não sei o que escrever. Além disso, eu escrevo mal, meu português é péssimo. Eu não consigo pôr em palavras o que tenho na cabeça, até porque muitas vezes eu não sei o que estou sentindo e a razão da minha insatisfação. Parecem ser tantas coisas. As vezes sinto um vazio. Eu me sinto frustrada quando vejo que larguei mais um caderno. Não! É mais do que frustração. Eu me sinto fracassada”.
E continuou: “Ao ler o seu artigo, eu me motivei. Fiquei tentada a tentar de novo, acreditando que desta vez pode ser diferente. Por isso procurei você para conversarmos. Eu tenho medo de acontecer mais uma vez a mesma coisa que aconteceu nas vezes anteriores”.
Inicialmente eu fiquei sem saber o que responder. A palavra “fracasso” sempre me soa forte e me incomoda, porque me passa a percepção de que a “toalha já foi jogada” e a pessoa desistiu.
A primeira percepção que tive foi considerar que Joana tem enorme dificuldade de conversar com ela mesmo, ou seja, parece que ela não se conhece. A sensação de superficialidade parece vir daí, mas eu precisava elaborar mais para dar pistas e respostas concretas para ela.
O prolongamento da conversa me permitiu evoluir em alguns pensamentos que pulavam dentro da minha cabeça. No final, propus a ela uma ideia simples, tendo por base um insight que me veio a partir do conceito de “comunicação não violenta”, ou CNV.
COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
Sempre que tenho oportunidade eu recomendo a leitura do livro “Comunicação Não Violenta”, do psicólogo Marshall B. Rosenberg. O livro é de fácil leitura, com linguagem didática, farto de exemplos e bem organizado.
Nada substitui a leitura do livro. No entanto, para tem deseja uma leitura rápida e superficial, sugiro o artigo “Comunicação Não Violenta” publicado no CanalValor, assinado por Marcelo Neves.
Uma excepcional alternativa é uma playlist com 4 vídeos de um workshop de CNV realizado em 2013, em São Francisco – USA, onde o próprio Marshall Rosenberg faz uma introdução de pouco mais de 3 horas. O vídeo contem legendas em português (de Portugal). Vale muito a pena.
É provável que o artigo e o vídeo incentivem você a comprar o livro. Espero que sim! Eu também tento sumarizar o conceito em alguns parágrafos a seguir.
O livro tem o propósito de ajudar as pessoas a desenvolverem uma comunicação mais clara e eficaz, para construção de conexões interpessoais mais respeitosas, empáticas e genuínas. Isso é feito através da apresentação de um modelo básico, munido de técnicas simples, que permite melhor expressarmos nossos sentimentos e necessidades, promovendo melhorias em nossos relacionamentos e para o nosso próprio crescimento pessoal.
O grande lance do método CNV é que ele está centrado no conceito de uma comunicação essencialmente humana, com coração e sentimentos, especialmente em circunstâncias difíceis e conflituosas. Usando as técnicas do CNV conseguimos direcionar a nossa consciência para “olharmos” fatos e ações do cotidiano de forma diferente.
Apesar do modelo ser direcionado para comunicação, eu avalio que este sistema é facilmente aplicável em diversas situações de vida, podendo tornar-se uma espécie de “filosofia de viver”. Sua aplicabilidade no ambiente de trabalho é total.
Para líderes, a leitura do livro me parece mandatória porque ele vai trazer luz e método para diversas situações na “arte de liderar”, mais especialmente nas dificuldades e na gestão de conflitos.
Eu sou testemunha da eficácia desse modelo porque faço uso dele em minhas mentorias, constantemente. Além disso, por ter estudado e aplicado estes conceitos em todas as esferas da minha vida nos últimos anos, afirmo com certeza que minhas relações pessoais melhoraram muito, exponenciando minha paz de espírito e entendimento do mundo.
O CNV tem quatro componentes básicos: Observações, Sentimentos, Necessidades e Solicitações.
A seguir, ouso resumir grosseiramente o método CNV em único parágrafo (desculpe Prof. Rosenberg!):
O primeiro passo é OBSERVARMOS detalhadamente o que está acontecendo conosco e a nossa volta, sem avaliação ou julgamento. Ou seja, trabalhar com uma visão imparcial, objetiva e sem vieses. O próximo passo é IDENTIFICAR E EXPRESSAR O QUE ESTAMOS SENTINDO, fazendo a clara distinção entre emoções e pensamentos. Basicamente nossos sentimentos resultam de como recebemos as ações e as declarações das pessoas que estão ao nosso redor. O terceiro passo é IDENTIFICAR AS NOSSAS NECESSIDADES para tratar o que estamos sentindo, o que é muito difícil porque a maioria das pessoas tem enorme dificuldade em identificar o que elas realmente precisam. Por fim, o quarto e último passo é FAZER PEDIDOS E SOLICITAÇÕES (para as pessoas) de coisas, ações ou atitudes “que enriqueceriam a nossa vida” com base no atendimento de nossas necessidades. Nesta atividade, é fundamental sermos claros, específicos e positivos.
Faço aqui um esclarecimento em relação a um ponto citado no parágrafo anterior. Muitas vezes nós tratamos emoções e sentimentos como a mesma coisa, quase como sinônimos, mas eles são diferentes. Emoções são respostas orgânicas intensas e de curta duração, enquanto os sentimentos são um processo mental avaliativo duradouro. Os sentimentos são acessíveis apenas à própria pessoa, enquanto as emoções podem ser observadas pelos outros. As emoções são uma reação imediata a um estímulo e dependem da relação com o mundo exterior para existir, enquanto os sentimentos são independentes.
EMPATIA E COMPAIXÃO
Uma das palavras que ganharam espaço em nossas vidas é EMPATIA. Ouvimos o tempo todo que precisamos ser mais empáticos uns com os outros.
Imagine que uma grande amiga sua viveu uma perda importante recentemente. Ou seja, ela agora está passando por uma fase de sofrimento e luto. Por ser sua amiga, você se solidariza com ela, se conectando profundamente com seu flagelo, experimentando aquele sofrimento e até imaginando como seria se você estivesse no lugar dela. Neste momento, você está sendo profundamente empática. Ao agir desta forma, seu corpo desencadeia uma série de funções fisiológicas que determinam um profundo mal-estar e angústia. Ou seja: você sofre vendo alguém sofrer.
No entanto, imagine o mesmo fato, porém com você vivendo um processo diferente. Você olha o sofrimento de sua amiga, se conecta com ela, até experimenta um pouquinho, mas você consegue se elevar e pensar: o que posso fazer para ajudá-la a passar por este momento de forma menos sofrida? Você sabe que não tem como privá-la daquela experiência, mas você se pergunta: O que posso fazer por ela? E, em seguida, você toma atitudes para realmente ajudá-la. Neste momento, você está sentindo COMPAIXÃO pela sua querida amiga.
Diferentemente do sentimento de empatia, o foco da compaixão é no desejo de aliviar o sofrimento de sua amiga. Ou seja, a compaixão desperta a vontade de ajudar o próximo na superação de seus problemas e desafios, consolando e dando suporte emocional.
Enquanto na empatia o corpo sente mal-estar, o sentimento de compaixão libera substâncias dentro do seu corpo que te dão sensação de mais força e poder para ajudar alguém.
Para exercer a sua compaixão, é necessário ter consciência de sua disposição e disponibilidade, que são coisas bem diferentes. A disposição tem a ver com a vontade de fazer. Às vezes, você pode estar disposto a ajudar, mas não tem disponibilidade de tempo. Por outro lado, não adianta ter disponibilidade se você não estiver disposto para ajudar e entrar nessa. Resumindo, a compaixão efetivamente só acontece a partir de sua disposição e disponibilidade.
Estes conceitos de empatia e compaixão eu aprendi com Ana Claudia Quintana Arantes, autora do livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, que recomendo fortemente. Neste livro, a autora aborda o tema da finitude sob um ângulo surpreendente. Segundo ela, o que deveria nos assustar não é a morte em si, mas a possibilidade de chegarmos ao fim da vida sem aproveitá-la, de não usarmos nosso tempo da maneira que gostaríamos.
O DAVID DENTRO DE NÓS
Uma das mais famosas esculturas do mundo está exposta na Academia de Belas Artes, em Florença. Estou falando de David, obra de Michelangelo. A obra é belíssima, mas também impressionante pelo seu tamanho: mais de 5 metros de altura. Tudo fica mais impactante ao sabermos que o artista esculpiu a obra a partir de um único bloco de mármore.
Diz a lenda que, ao ser perguntado sobre como fizera a majestosa escultura, Michelangelo respondeu: “Foi fácil, fiquei um bom tempo olhando o mármore até nele enxergar o David. Aí peguei o martelo e tirei tudo o que não era David.”
Sou fã de Eduardo Gianetti (imortal da Academia Brasileira de Letras e economista). Ele deu uma excelente entrevista para o Marcelo Tas no Provoca da TV Cultura. Esta entrevista também está disponível em versão podcast. Por volta dos 18 minutos, Eduardo fala sobre a diferença entre “ESTAR FELIZ” e “SER FELIZ”. A partir daí, ambos devaneiam sobre a busca do ser humano por uma vida mais plena e digna. Tal conversa me gerou reflexões.
Muitas vezes temos dificuldade de identificar o que nos faz feliz, até mesmo por desconhecimento. Frequentemente supomos que “tais coisas ou conquistas” poderão nos trazer mais felicidade e bem-estar, como a velha retórica do “dinheiro trazer felicidade”. No entanto, é incrivelmente mais fácil apontarmos o que nos incomoda e que nos impede de termos uma vida mais feliz, mais prazerosa e com mais propósito.
Então surgem as perguntas:
Porque não agimos como Michelângelo removendo das nossas vidas o que nos incomoda e nos atrapalha para uma vida melhor?
Porque toleramos conviver com coisas, fatos, pessoas e contextos que não estão alinhados com a nossa busca interior de uma vida mais plena?
O quanto estamos dispostos para fazer escolhas, tomar decisões duras e difíceis para abrir espaço em nossas vidas, para conquistar disponibilidade de mente e tempo para vivermos com mais satisfação e realização pessoal?
O que temos que remover para descobrir o nosso David dentro de nós?
ENCONTRANDO UM CAMINHO
Naquela conversa com a Joana, nas idas e vindas de perguntas e respostas, eu fui construindo uma linha de raciocínio juntando todas as coisas que falei acima e que pipocavam dentro de minha cabeça. Eu tentava encontrar uma cola para uni-las e criar algum sentido útil e prático para Joana. Aos poucos fui desenhando o raciocínio abaixo.
O conceito do CNV foi elaborado para melhorar a comunicação entre pessoas e para intermediação de conflitos. O surpreendente é que o método se mostra extremamente poderoso no desenvolvimento de uma conversa interior, ou seja, com nós mesmos. De certa forma, intuitivamente, eu venho fazendo isso comigo mesmo. Então por que não sugerir para Joana que ela tentasse aplicar nela própria o método CNV? Isso significaria a aplicação dos quatro passos do CNV nela mesmo.
Ao longo da conversa com Joana percebi que ela estava sofrendo por não conseguir se expressar nos cadernos. Pensei em falar para ela: “Você precisa ter mais empatia com você mesmo”. Porém, antes de esboçar a frase, me lembrei do que Ana Claudia Quintana Arantes havia dito sobre a diferença entre empatia e compaixão. E foi fácil concluir que o que Joana precisava era de compaixão… de mais compaixão por ela mesmo.
O que Joana poderia oferecer para ela própria a partir da aceitação de suas dificuldades e insatisfações? Como fazer isso acolhendo suas limitações, frustrações e arrependimentos? O quanto ela está disposta para se ajudar? E mais ainda: qual seria a sua disponibilidade para se dedicar a isso? Se não houver disponibilidade, o que ela estaria disposta em abrir mão para encontrar tempo para ela própria?
E, finalmente, me veio a mente a reflexão do Eduardo Gianetti junto com a escultura do Michelângelo.
Talvez a paralisia de Joana esteja ocorrendo pela sua dificuldade em escrever sobre felicidade, o que a alimenta e o que a faz feliz. Talvez ela não saiba ou não esteja certa das coisas. Então, em vez de pensar no que gera felicidade, porque não pensar no que incomoda, no que gera dor, bloqueios e obstáculos diários que impedem uma sensação de vida mais plena, divertida e que vale a pena? E, feito isso, como ela poderia, lentamente, realizar escolhas de vida que mudassem o curso do barco de sua existência para uma direção diferente?
Todos estes insights pulavam na minha cabeça ao longo da conversa com Joana e acabaram terminando em sugestões e ideias.
Duas semanas depois daquele papo, Joana me procurou pelo whatsapp e me enviou um longo áudio. Estava contente. Ela disse que aquela proposta tem ajudado em sua evolução, mesmo consciente de que ainda tem muito o que fazer. Porém, agora, ela tem um caminho a percorrer. Combinamos nos falar novamente em dois ou três meses.
A seguir, apresento de forma mais elaborada e organizada, porém em poucas linhas, o que sugeri para Joana.
O EXERCÍCIO DE ESCREVER SOBRE VOCÊ MESMO
Este é um exercício prático para você começar a escrever sobre você. Apesar de simples, ele não é fácil. É mais do que isso: é desafiador!
A proposta é você mergulhar dentro de você, na busca de se conhecer melhor, de entender o que deseja para sua existência e considerar novas direções de vida, que vai exigir escolhas e decisões, que podem ser fáceis ou muito complicadas.
Este exercício só será possível ser feito em um dia que você tenha tempo e paz, para que pense de forma concentrada e relaxada, em um ambiente confortável e seguro.
Vá para um canto silencioso, onde você possa se isolar por 60 minutos ou mais, sem interrupção ou distração. Coloque fones de ouvido e deixe rolar um som leve instrumental. Por exemplo, esta playlist aqui.
Se puder sentar de frente para um espelho será melhor ainda. Olhe-se! Tente fazer o exercício mirando-se no espelho. Isso amplificará a percepção de uma conversa com você mesmo. Eu faço isso porque tenho um espelhão na minha sala. Olhar nos meus olhos, profundamente, é um exercício e tanto.
Pegue 3 folhas de papel.
No topo da primeira folha, escreva a mão (não vale digitar em smartphone e computador) a seguinte pergunta:
1- Qual seria um futuro incrível para mim?
Na segunda folha, escreva no topo a seguinte pergunta:
2- O que eu gostaria de mudar na minha vida atual para torná-la mais prazerosa, me gerando mais senso de realização e satisfação pessoal e profissional?
Responda as duas perguntas acima considerando as observações a seguir.
Escreva tudo que vem a sua mente. Não pense muito e não se preocupe com a qualidade do que você vai escrever. Esqueça o cuidado com a gramática. Esse é um exercício só seu, ninguém vai ver. Apenas descarregue os seus pensamentos. Se você não sabe muito bem as respostas, o que é bastante provável, escreva sobre a sua dificuldade em encontrar respostas. Conte o que está sentindo, deixe fluir.
Se você não consegue imaginar um futuro ou não sabe o que mudar na sua vida atual, tente pensar o motivo disso. O que está por trás? O que está acontecendo? Quais são os sentimentos que isso gera em você?
Porém, se você imagina várias possibilidades de futuro, escreva sobre isso. Tente ser positivo. Explore todas as possibilidades. Pode misturar desejos com sonhos.
Esvazie sua cabeça. Ponha tudo no papel. Não seja simplista, escreva bastante, deixe o pensamento fluir, imaginando que você está conversando com um ser imaginário na sua frente. Se conseguir, imagine conversando consigo mesmo. Se indague, se questione, e continue escrevendo o que brota em sua mente. Se precisar, pegue mais folhas em branco.
Quando você terminar de escrever as respostas para as duas questões acima, então estará no ponto para ir para a última pergunta, que é a pergunta 3.
Pegue a terceira folha em branco. Escreva no topo o seguinte conjunto de perguntas:
3- O que me impede de buscar caminhos, agir e mudar as coisas na direção das respostas que escrevi para as perguntas 1 e 2? Quais os sentimentos por trás disso tudo? O que posso remover de minha vida para abrir espaço para novas possibilidades? Quais são as verdadeiras limitações dentro de mim e ao meu redor? Quais são as minhas necessidades para dar o primeiro passo? Quais as solicitações e pedidos que devo fazer para mim mesmo na busca das mudanças necessárias de minha vida?
São várias perguntas, mas todas com um só intuito: despertar em você uma vontade real de mudar, com mais consciência e direção.
Ou, pensando de outra forma: com o objetivo de ajudar você mesmo a entender as peças do quebra-cabeça que existem dentro de sua mente e sinalizar possíveis caminhos para solucionar este quebra-cabeça.
Ou, ainda, talvez, dar um pouco de esperança de que mudanças são possíveis e dependem de sua iniciativa para tentar e começar.
Ao fazer este exercício, você estará se inciando na “desafiadora arte de escrever sobre você mesmo.”