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O Elevator Pitch

Imagine a situação a seguir.

Você chega no trabalho e entra no elevador. Lá está o presidente da empresa. Só você e ele. Ele vira para você e diz: “Como vai?” Você terá os próximos 30 segundos a sós com ele no elevador. E aí, o que você faz?? Ok, ok, você não faz nada porque o presidente é um chato de galocha e você nem quer saber dele.

Então vamos repensar a situação.


Você chega na empresa e vê o chefe do seu chefe dentro do elevador, sozinho. Ele conhece você, mas não muito bem. E de novo você tem 30 segundos com esse cara a sós. Considere que você está para ser promovido e a aprovação de sua promoção depende desse cara que está no elevador com você.

Nas duas situações acima a pergunta é: como você vai aproveitar esses 30 segundos para transformá-los num momento importante para sua vida profissional?

Essa situação hipotética carrega um conceito simples: qual é a sua capacidade de impressionar alguém num curto espaço de tempo? Qual é a sua capacidade de argumentação, exposição e presença numa situação de pressão e tempo super limitado? Como conseguir se tornar uma figura marcante e inesquecível naquele curto momento?

Esse é o conceito do tal “Elevator Pitch”, título de um livro que ficou famoso e virou bestseller mundial. O nome reflete o fato que um “elevator pitch” pode ser executado no tempo aproximado de uma corrida (subida ou descida) de elevador, por exemplo, 30 segundos ou 100-150 palavras. Depois do primeiro livro, surgiram dezenas de outros com o mesmo espírito do livro original de “como vender o seu peixe” em poucos minutos ou até em segundos.

Entrar no elevador e se encontrar a sós com o chefe do seu chefe pode ser uma sorte grande se você souber aproveitá-la. Caso contrário vai ficar a sensação do “puxa, poderia ter aproveitado a oportunidade”.


O resumo é simples: todos nós temos que desenvolver a capacidade de dar nosso recado num curto espaço de tempo, de forma assertiva, pragmática e contundente. Essa virtude vale em todos os sentidos, especialmente para os profissionais de comunicação que desenvolvem atividades internas e de relacionamento com a imprensa.

Foi um fato no meu trabalho que me motivou a escrever esse post. Eu participei de uma reunião onde me deram apenas 10 minutos para apresentar um tema super complexo. Foi algo assim: “Se vira nos dez”. Eu gastei um tempão, várias horas, para preparar o material e treinar minha apresentação. Planejamento e ensaio são sempre importantes quando temos que apresentar algo importante em pouquíssimo tempo, ou seja, não dá pra improvisar não.

Na era do Twitter, as pessoas têm cada vez menos tempo para se informar. Vivemos de pílulas de informação que vêm de todos os lugares ao longo do dia. Podemos dizer que os primeiros 5 a 10 segundos da notícia é que vão determinar se o leitor vai seguir ou não a leitura daquela matéria. Quanto maior a matéria, menor será a chance dela ser lida e entendida. O mesmo vale para uma apresentação ou para uma conversa de elevador. Aliás, a conversa de elevador é muito pior, ela vai terminar assim que um dos interlocutores sair do cubículo.

Enfim, todos nós, trabalhadores do mundo moderno corporativo, devemos nos aprimorar nessa importante técnica, mas muito cuidado com as fórmulas e equações que você encontra por aí para construir um “elevator speech”. Veja a ferramenta da Harvard Business School chamada “Elevator Pitch Builder”. Acesse AQUI. O que você acha? Será que funciona?

Ah, e a minha apresentação? Deu tudo certo… mas foi um suadouro…

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