Cada vez mais surgem discussões sobre a atuação do Google em relação à propriedade intelectual de conteúdo. As acusações são várias: venda de publicidade em cima do conteúdo produzido por diversas mídias (jornais, revistas, onlines, etc), publicação de conteúdo sem autorização, digitalização de livros sem autorização dos autores, etc, etc, etc. A discussão é sem fim e cada dia aparece uma nova.
A revista Época publicou uma interessante matéria chamada “O Google me roubou“. Esta é para reflexão. O escritor americano Mark Helprin afirma que o Google digitalizou seus livros sem pedir licença. Vale ler AQUI e tirar suas conclusões.
Dias atrás, a European Publish Council, entidade formada por jornais e revistas da Europa, publicou uma declaração afirmando ser necessária uma nova forma de proteção para a propriedade intelectual, com o objetivo específico de salvaguardar o futuro do jornalismo. A mensagem tinha um alvo definido e claro: o Google. Veja AQUI.
O Google, em seu blog, dias depois, deu a resposta. Veja AQUI. O resumo do post deles é simples: os jornais tem a opção de ter suas páginas indexadas ou não pelas ferramentas do Google. O próprio post publica um código em HTML, para ser inserido nas páginas, com o objetivo de informar às ferramentas do Google que aquele conteúdo não deve ser indexado.
Se deseja ler mais detalhes do caso acima, acesse AQUI um post esclarecedor do EditorsWeBlog.
O tema não é simples e quase sempre descamba para discussões acaloradas. A verdade é que, ao mesmo tempo que cada um de nós entende que a preservação dos direitos autorais é importante, também desejamos que nossos conteúdos estejam disponíveis no Google News e em outras plataformas de busca da web. Esse é um conflito de difícil análise. A informação que tenho, não sei se ela está correta, é que a Folha SP é o único jornal brasileiro que não permite a indexação pelo Google. Ou seja, ao procurar uma notícia pelo Google, você vai receber de várias fontes diferentes, menos da Folha SP (foi isso que entendi da explicação que me deram).
Disponibilizar o acesso à informação é sinônimo de inclusão social, de novas oportunidades de negócios, de desenvolvimento econômico e “um senhor apoio” para a democracia. O desafio é como fazer isso, preservando a propriedade intelectual e mantendo o incentivo à produção de conteúdo relevante e diferenciado.