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O ranking das marcas 2

Tenho que confessar que eu me senti um pouco culpado com o post de ontem. Do jeito que escrevi dá a entender que o ranking publicado pela Interbrand é o principal ranking de marcas do mundo. Talvez até seja, mas seria injusto não mencionar que existem outras entidades de consultoria importantes e que publicam rankings também muito respeitados no planeta. Eu acho que a Interbrand é a consultoria que vem conseguindo fazer o melhor marketing (diga-se barulho) de seu estudo global, daí o interesse da mídia em geral.

Uma outra empresa de consultoria, muito respeitada e conhecida, é a Millward Brown. Ela surgiu quase no mesmo ano da fundação da Interbrand, na verdade um ano antes, em 1973. Também se proliferou pelo mundo, com escritórios e representações em mais de 40 países, e diz que presta serviços de consultoria de marcas para 70 das principais 100 marcas globais. Em abril desse ano, a Millward Brown (daqui pra frente chamada de MB para facilitar a escrita) publicou seu ranking global que cravou a marca Google em primeiro lugar, valendo o incrível valor de U$ 86bi. Depois do Google, em ordem de classificação, vem a GE, Microsoft, Coca-Cola, China Mobile, IBM, Apple, McDonalds, Nokia e Marlboro. A coisa é para enlouquecer mesmo, pois o ranking da MB tem algumas diferenças enormes em relação ao ranking da Interbrand. Por exemplo, a Apple aparece forte na MB (em 7º. lugar) enquanto que na Interbrand cai para o 24º lugar. Enfim, vale a pena olhar as duas pesquisas para concluir que esse negócio de ranking não é um negócio muito matemático não. Uma coisa é certa e fica evidente nas pesquisas. A marca Google veio prá ficar. Difícil de dizer se ela hoje é realmente a 1ª do ranking mundial, segundo MB, ou a 10ª, segundo Interbrand. Isso não importa. O fato é que a marca Google carrega um toque de Midas. Tudo que leva a marca Google gera uma sensação de jovialidade, inovação e qualidade. Imaginem se o Google liberasse sua marca para aplicação em produtos como eletrônicos. Acho que seria um estouro. Por fim, o relatório da Millward Brown fala sobre algumas marcas de países em desenvolvimento que vem emergindo globalmente. E cita explicitamente, no caso de Brasil, a Brahma, Petrobrás e Bradesco… e, surpreendentemente, deixa de fora a Vale.

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