A ilusão do “quando eu chegar lá”
- Mauro Segura
- 2 de jul.
- 12 min de leitura
Atualizado: 7 de jul.

O que é a vida?
No programa “Provoca” da TV Cultura - reproduzido no podcast “Provocast”-, o "provocador" Marcelo Tas sempre termina com a mesma pergunta aos entrevistados: “O que é a vida?”.
Essa é uma pergunta difícil, cuja complexidade surge evidente na maioria das respostas dos entrevistados, quase sempre vagas e confusas. Não poderia ser diferente, considerando que os filósofos mais brilhantes da humanidade também apresentam respostas e conceitos superamplos a respeito da vida.
Quando reflito sobre isso, eu vejo a vida como uma busca constante. Independentemente da idade, posição social ou formação cultural, todos os seres humanos que conheço estão em busca de algo.
Para mim, a "busca interminável" é o motor da vida, a verdadeira essência que nos faz levantar todos os dias da cama.
Minha busca diversa e infinita
Essa busca pode envolver conceitos amplos e subjetivos, como sucesso, paz, felicidade, reconhecimento público etc. Buscas também podem ser questões materiais bem mais específicas, como casa própria, carro, viagens, acúmulo de patrimônio, conquista da independência financeira, colocar um negócio de pé etc. E podem ser questões mais individuais e pessoais como carreira profissional, formação de família, filhos(as), caminho espiritual etc.
Ou seja, dentro de nós estabelecemos sonhos e desejos, que carimbo como “buscas”, de todos os tipos, em uma diversidade quase infinita.
Buscas também se conectam a significado e propósito. No meu artigo “Hartley, Frankl e Goenka: Encontrando Sentido na Adversidade”, eu apresento uma ampla visão do “viver com significado” e o que isso representa na prática. Recomendo muito a leitura.
Minha jornada de 65 anos
Tenho 64 anos hoje... pertinho de fazer 65.
Avalio que passei os primeiros 60 anos da minha vida buscando o que a maioria das pessoas buscam: constituição de uma família bacana, uma carreira profissional de sucesso (considerando que sucesso é algo muito pessoal, o que é sucesso para uma pessoa, não necessariamente é para outra), acúmulo de patrimônio e tudo que a sociedade estabelece para uma “vida de sucesso”.
Em minha mente, intuitivamente, eu associava a conquista desses objetivos à minha felicidade. Minha crença era clara: quanto mais objetivos alcançados, maior seria a felicidade. Simples assim!
Ao viver um grande terremoto pessoal em minha vida, já narrado em detalhes em meu blog, o universo criou uma bifurcação na minha existência. Valores, prioridades, conceitos, crenças, tudo foi jogado no fio da navalha.
Eu vivia uma “vida pseudo-segura”, sob a ilusão de que a minha árvore da vida estava constituída sobre raízes fortes, longas e perenes. Até que o universo balançou a árvore, as raízes secaram e tudo começou a cair.
O que eu havia buscado até então, passou a não ser mais tão importante quanto antes.

Como minha própria busca me sabotou
Tenho lucidez e consciência de que as coisas que eu busquei ao longo da vida foram importantes, até porque eu sou resultado das minhas conquistas e evolução. Entretanto, também reconheço que tive longos momentos de insatisfação durante muitos períodos da vida, pois eu sempre queria mais, convivendo com sentimentos de incompletude e inquietude.
Tais sentimentos atuaram como atenuadores de minha felicidade, bem-estar e realização. Na verdade, eles foram mais do que isso, foram sabotadores!
Conforme eu ia conquistando as coisas, realizando planos e sonhos, eu estabelecia novos objetivos, subindo a barra e esticando a corda.
Essa busca interminável pode ser vista por vários ângulos, inclusive como positivo, porque gera entusiasmo, propósito e engajamento pela busca do novo e por uma nova conquista, mas carrega também um peso que aumenta a cada dia, tornando a minha vida miserável por conta da realização e a paz nunca alcançadas.
Por que você nunca vai chegar lá
Dias atrás eu vi um post de Marc Tawil no LinkedIn que cita um pequeno discurso de Jim Carrey no palco do Globo de Ouro, em 2016. O fato é antigo, mas eu não conhecia.
Ao ouvir esse pequeno “speech” de apenas 2 minutos, eu me identifiquei profundamente. Assista a seguir.
Apesar dos sorrisos e da aparente leveza, a mensagem apunha-la a nossa alma, e mais especialmente aquela turma de Hollywood, sentada na plateia. Confesso, eu também me senti plenamente atingido, no meio do meu coração.
Marc Tawil, ao comentar o “speech” de Jim Carrey, brilhantemente escreve:
“É o ciclo infinito da falta. Porque, sim, sempre nos faltará alguma coisa. Sempre haverá um próximo degrau. Sempre haverá um próximo prêmio. Sempre terá um próximo objetivo.
O problema não é sonhar grande. O problema é acreditar que a próxima conquista vai ser a última. Que o próximo troféu vai te preencher. Que, quando você ‘chegar lá’, vai se sentir completo. Não vai!
E é exatamente disso que Jim Carrey está falando: que a busca nunca termina, que o vácuo nunca se fecha e que a linha de chegada é uma miragem que se move na mesma velocidade que você corre”.
Portanto, acredite, você nunca vai chegar lá.
Vivemos o fracasso do presente
Essa questão da "busca insaciável", que às vezes é areia movediça, às vezes é o coelho fujão de Alice no País das Maravilhas e às vezes é uma ilusão “mandraquiana”, tem clara conexão com os conceitos de sucesso e fracasso que habita o cérebro das pessoas. É por isso que essa sensação de busca contínua de nossas aspirações e objetivos, que sempre mudam e se renovam, quase sempre, nos gera mais angústia e frustração do que motivação e entusiasmo.
O conceito é simples:
Se chegamos lá, foi um sucesso
Se não chegamos, é um fracasso
Portanto vivemos cotidianamente o fracasso do presente.
Quando chegamos lá, aquilo que buscávamos deixa de ser interessante, não nos move mais e perdemos o sentido de busca. Então, institivamente, criamos, novas buscas e objetivos. E assim vivemos, de galho em galho, em árvores cada vez mais altas e frondosas, tentando alcançar frutas cada vez mais suculentas e raras.

Como decido meus sucessos e fracassos hoje
Já tem algum tempo que venho tentando dominar a gangorra dos sucessos e fracassos dentro de mim. Os conceitos estão claros na minha cabeça e venho treinando a implementação do que penso acreditar.
Escrevi sobre isso no artigo “Eu decido os meus sucessos e fracassos” e convido você a ler para entender tais conceitos.
Basicamente, inverti a minha perspectiva de vida. Antes, eu via a existência através do que me cercava, sempre tentando controlar tudo. Agora compreendo que a vida verdadeira está no que habita dentro de mim, na forma como escolho reagir aos acontecimentos, sem tentar dominá-los ou forçá-los a se encaixar em moldes mentais que criei.
Portanto, a decisão do que é sucesso e fracasso não é ditada pelo exterior, nem pelas pessoas, nem pela sociedade. Meu critério vem de dentro. O que alguns chamam de fracasso, para mim pode ser um sucesso extraordinário, fonte de orgulho e realização.
Confesso que, ao elaborar tal visão na minha mente, a minha vida ficou mais leve e mais fácil, reduzindo drasticamente o nível de inquietude e ansiedade que existia dentro de mim, forjado em anos e anos como executivo de empresas, sempre em busca de metas e objetivos crescentes.
Por outro lado, pensar dessa forma, pode representar um sentimento de desapontamento das pessoas que vivem ao meu lado, pois elas podem estar “esperando mais de mim”, afinal de contas, muitas vezes, eu estou remando contra a maré.
O que é suficiente para mim?
O conceito de “sucesso e fracasso” toca em outras palavras importantes, como: suficiente, liberdade, limites e aventura.
A ficha caiu quando ouvi a frase “O que é suficiente para você?”
É uma frase forte, que coloca a espada em nosso coração e faz a gente pensar. Já fiz essa pergunta para dezenas de amigos(as) e nunca obtive uma resposta clara, rápida e satisfatório. As respostas vêm cheias de ponderações, “senões” e quase sempre carregada de perguntas paralelas.
Ou seja, faço uma pergunta e, em vez da resposta, recebo divagações e perguntas aleatórias.
Quando temos clareza do que é suficiente para nós, nas várias dimensões da vida, fica mais fácil estabelecermos limites e encontrarmos o equilíbrio. Ao fazermos isso, a sensação de leveza e liberdade é inevitável.
Deixamos de buscar “sempre mais”, para buscarmos o suficiente. Com isso ganhamos tempo para o que realmente importa e transformamos o conceito de vida: de uma vida de buscas e realizações, para uma vida de aventuras e novas descobertas, sem obrigações ou frustrações.
Mark Tawil, em seu post a respeito do discurso de Jim Carrey no Globo de Ouro, escreve assim:
"No final do discurso, Carrey joga a última bomba: 'Se nosso sistema solar explodisse, não sobraria nada de nós para ser visto a olho nu. Mas, da nossa perspectiva, isso aqui é enorme'.
Ou seja, no grande Cosmo da vida terrena e das coisas, nada do que estamos perseguindo faz diferença. Só que, para nós, é sempre tudo. Então, o que resta, na minha visão, são dois caminhos:
1. Viver correndo atrás do próximo Globo de Ouro. Perseguir números, prêmios, títulos, como se um deles fosse ser a resposta para sua vida.
Ou
2. Trabalhar, conquistar, crescer – sem achar que é isso que vai te fazer 'suficiente' na vida.
A diferença entre quem se perde e quem se encontra está na consciência de que se nada é suficiente hoje, nada será suficiente amanhã.
Quem entende Jim Carrey está rindo por dentro. Quem não entende, vai seguir correndo mais rápido."
Minha nova relação com o tempo
Pensar sobre tudo isso tem profunda conexão com o tempo. Se existe algo que todo mundo tem igual no mundo, independentemente de classe social e do lugar onde vive, é o tempo. Todos nós temos as mesmas 24 horas diárias e o livre arbítrio de decidir o que fazer com ele.
Depois que um dia acaba, eu ganho uma nova oportunidade de vida no dia seguinte, com mais 24 horas, onde tenho que fazer novas escolhas e tomar novas decisões.
Por mais que eu jogue a culpa da minha existência no mundo ao meu redor, tudo que acontece comigo está sob minha responsabilidade, porque o que acontece comigo não é o que acontece propriamente fora de mim, mas sim no meu interior, na minha mente.
A vida não são os fatos que ocorrem ao meu redor, mas sim como eu reajo a eles. Ou seja, está tudo dentro da minha cabeça. Tudo é fruto do meu pensamento.

A lição de Gandalf
No filme “O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel”(2001), há uma cena crucial em que Frodo se vê diante da difícil missão de destruir o Anel. Ele sente muito medo dos perigos e provações que teria que enfrentar. Então, ele desabafa com o Mago Gandalf: “Eu gostaria que o anel nunca tivesse vindo a mim... queria que nada disso tivesse acontecido”.
Gandalf responde: “Assim pensam todos os que vivem tempos como estes. Mas isso não lhes cabe decidir. Tudo o que temos de fazer é decidir o que fazer com o tempo que nos é concedido".
A resposta de Gandalf revela uma verdade fundamental: nós não controlamos as circunstâncias que a vida nos apresenta, mas temos plena autonomia sobre como respondemos a elas. A mensagem enfatiza a nossa responsabilidade de escolher como viver, residindo na combinação de aceitação realista e empoderamento pessoal.
Além da questão das escolhas, a frase aborda a importância de usar o tempo de forma consciente e significativa. Não se trata apenas de passar o tempo, mas de usá-lo para viver uma vida mais plena.
O que tenho de maior riqueza na vida é o tempo que o universo me dá todos os dias. Decidir o que fazer com ele é uma responsabilidade completamente minha, individual e intransferível.
A jornada da maturidade: quando as buscas se transformam
Recentemente conversei com um amigo, muito mais jovem do que eu, sobre "buscas intermináveis", a minha "nova relação com o tempo" e a minha autoridade sobre "meus sucessos e meus fracassos". O papo foi longo. Tenho certeza de que ele sentiu uma certa falta de pragmatismo de minha parte, mas acho que fiz ele pensar.
A princípio, todos estes conceitos parecem pura filosofia, mas não é bem assim. Tais conceitos formaram a base fundamental para a minha ressiginificação de vida, me provocando novas escolhas e caminhos, e provendo o conforto necessário para minha consciência de que eu estava fazendo "a coisa certa a ser feita".
Essa minha "lucidez existencial" é indissociável do meu amadurecimento. É difícil explicar isso, especialmente para os mais jovens.
A crise de meia-idade chegou aos mais jovens
Recentemente li um post impactante no linkedin, com o título "A crise de meia-idade chegou para os millenials", de Daniela Klaiman.
O post fala da existência de uma crise existencial pulsante nas gerações mais novas e um descompasso entre expectativa e realidade. Não é apenas uma frustração com o presente, o que já é cruel quando falamos de jovens, mas de um futuro idealizado que nunca virá. E o post cita uma frase forte: "É o luto por um futuro que parecia possível".
A publicação de tom dramático, quase desesperançoso, emoldura um quadro assustador da percepção dos mais jovens em relação a "propósito de vida" e provoca muitas reflexões.
Além de gerar um enorme incômodo no leitor, o post comprova o cenário complexo através de dados de pesquisa e não apresenta possíveis soluções ou caminhos. Ele deixa a ferida aberta. Ao fim da leitura, fica a pergunta: Será que existe saída?
O desencontro entre expectativa e realidade
O premiado livro "O fazedor de velhos", de Rodrigo Lacerda, aborda questões existenciais de uma forma diferente.
Este não é um livro filosófico ou de auto-ajuda. É um romance juvenil que conta a história de Pedro, que é um jovem vivendo às incertezas da vida adulta, especialmente nas escolhas profissionais e nas descobertas amorosas.
O livro está centrado na relação entre Pedro e seu mentor, o excêntrico professor Nabuco, que o ajuda em suas questões existenciais. A obra é basicamente uma profunda reflexão sobre amadurecimento, um diálogo entre gerações e o desencontro entre sonhos e realidade, provocando no leitor uma autorreflexão sobre sua própria experiência e seus anseios de vida.
Recomendo muito a leitura do livro, especialmente para os jovens que, em seus momentos solitários de introspecção, se veem ansiosos com a vida que que tem pela frente. Vale a leitura!
Apesar de ser um livro antigo, escrito em 2008, desconectado da atual intensidade do mundo digital e das redes sociais em nossas vidas, ele esboça possíveis saídas para o dilema vivido pela atual juventude.

As revelações que guiaram a minha mudança até aqui
Na conversa com o meu jovem amigo, ele me perguntou sobre o que leva uma pessoa a "desejar mudar de vida" e como tal "processo de mudança se desenrola".
Não existem respostas fáceis e únicas para perguntas tão amplas e complexas. Não existe fórmula testada e universal. No entanto, em tenho alguns indícios de respostas.
Mudanças de vida ocorrem a partir da maturidade. Não estou falando de maturidade cronológica e biológica, mas sim de maturidade emocional, mental e espiritual. Ao alcançarmos tal estágio, ganhamos mais lucidez e clareza do que queremos em nossas vidas... e, principalmente, do que não queremos!
A jornada da maturidade é longa. É preciso aprender a conviver com o desconforto, com a "sensação de que algo está errado", que existe um "vazio que insiste em não se preencher" e que tem "um chamado para o desconhecido". Este é um estágio que precisa ser vivido.
Tal desconforto nos provoca, inicialmente, uma sutil abertura para o impoderável e/ou desconhecido na busca de respostas. É igual abrirmos uma porta pela primeira vez. Inicialmente é uma pequena e relutante abertura, onde colocamos a cara para ver o que tem lá dentro, para então, depois, abrirmos a porta e entrarmos por inteiro. Então, a porta se fecha e nunca mais conseguimos voltar.
O despertar da lucidez existencial: épico, individual e único
É preciso aprender a conviver com a espera, porque as respostas virão a conta-gotas, tal qual gotas caindo em uma xícara, que se enche lentalmente.
Cada um de nós tem a sua própria xícara, grande ou pequena, longa ou fina. A intensidade do cair das gotas dependerá de nossas escolhas e de nossa abertura mental. Em certo dia, perto ou longe, a xícara estará cheia. Neste dia, as nuvens se dissiparão e o sol baterá forte sobre você. Você se sentirá iluminado porque tudo ficará mais claro. Serão os raios da lucidez existencial!
A jornada exige coragem para enfrentar algo que você não entende e não domina. Também exige paciência, resiliência e confiança ao longo do caminho, na busca de algo que você não sabe muito, porém com a certeza de que algo virá no futuro.
A jornada da maturidade, rumo à lucidez existencial, é um processo épico, individual e único.
"Épico", porque carrega tinturas de herói. Todos nós somos heróis de nossas vidas. Basta olhar para trás, ver o que realizamos e conquistamos, para constatar isso.
É "individual" porque cada pessoa tem a sua própria jornada. Ninguém pode viver uma jornada pelo outro.
E "único" porque não pode ser copiado ou reproduzido. Os ingredientes da jornada de cada pessoa são únicos e formam uma combinação tão complexa e plural, que são impossíveis de serem repetidos por outro indivíduo.

Felicidade no caminho
Na minha visão, a vida não é uma corrida e nem tem linha chegada. Portanto não é uma questão de velocidade. A vida também não é uma maratona. Portanto não é extenuante e nem desgastante.
Para mim, a vida é uma caminhada no meio da natureza, onde o melhor é o caminho. A vida é uma contemplação contínua, que nos convida para paradas para contemplar a paisagem, sentir o clima, o vento refrescante, a chuva restauradora e o sol que aquece.
Demorei muito anos para entender, mas acho que agora, finalmente, eu consegui incorporar isso na visão de vida e no meu viver cotidiano: não é mais uma questão de “chegar lá”, porque o “lá” é um coelho fujão, que sempre se move e não representa o propósito de minha existência.
Minha vida são as escolhas que faço a cada minuto de tempo que o universo me dá de presente, todos os dias, que me proporciona o verdadeiro significado do viver, novas experiências e desenvolvimento pessoal.
O viver não é a chegada, mas o caminhar.
Ao aplicar esse conceito, em meu dia a dia, tudo mudou: minhas escolhas ficaram mais óbvias e fáceis, minha vida ficou mais leve porque não vivo mais os fracassos, e sim os pequenos e sucessivos sucessos diários. Essa é a minha maior conquista.
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Interessante esse "vazio" que nos move. Fico assustado como estamos condicionados ao materialismo ou a perseguir esse coelho fujão que esvazia o caminho e deixa ele cinza, sem graça. Obrigado por compartilhar sua experiência.
Irretocável. Sem mais. Parabéns, Mestre!
Que texto Mauro👏👏👏 tão profundo que merece ser lido várias vezes e fragmentado. Há duas questões que gostaria de deixar: o Universo é algo tão amplo que o que vemos como algo grande em nossa jornada é pequeno próximo ao todo. Mas se viemos com um conjunto, um pacote de talentos há algo a se realizar e isto é o que cabe a cada um em prol do todo. Com esta abordagem somos únicos e grandes, esta descoberta como bem relatou está no olhar para dentro. Quanto à crise dos mais jovens creio que a pandemia acelerou em muito a crise existencial de todos pois somos obrigados a lidar com nossos fantasmas existenciais sem distrações.
Simplesmente genial.
Não saberia descrever, com a qualidade e a clareza das palavras expressas pelo autor, porém cada uma delas exprime a mesma verdade para mim, em praticamente todo o texto.
É exatamente o que vivencio nesta fase da minha vida. Plena identificação.
Parabéns ao autor pela "Lucidez"!!
Grato pelo texto!
Abraço!
Perfeito, como sempre, Mauro! Há um ano, venho me adaptando a uma mudança de carreira que me assusta muito, e colocou em xeque muitas convicções. Nesse caminho, descobri que não preciso me limitar a ser o que o cnpj do contratante indica. Nós somos MUITO MAIS do que o nosso trabalho! E ainda bem que as revelações vêm em conta-gotas, pra gente ter tempo de assimilar e confiar que conseguimos dar conta, né? Saudades sempre!!!